domingo, 8 de setembro de 2013

Estúpida Fragilidade




Ela chorava. Sem saber o porquê. Se sentia fraca e frágil como um vaso de cristal. Um só toque, um só movimento, uma só palavra. E lá estaria ela espalhada e despedaçada em diversos cacos de vidro. Mas uma questão martelava em sua cabeça e perturbava seu subconsciente. Quem havia lhe colocado na beirada da estante? Porque ao que se lembrava o vaso estava em repouso bem ao centro da mesma.

Ela sabia a resposta da pergunta. Só estava se esforçando ao máximo para esquecer. Tentava entender o porquê de tudo aquilo estar acontecendo com ela. Maldita sensibilidade. Por que quando tudo parece bem algo ou alguém acaba deixando-a assim, na beira de um precipício? Às vezes, ela chega a achar que cavou esse precipício. Às vezes, ela se afoga nas próprias lágrimas. Adormece com a garganta cansada por seus incessantes soluços. Amanhece com feições cansadas e visíveis olheiras. 

Mas é claro que poucas pessoas sabem disso. A inevitável pergunta "você está bem?" sempre acabava surgindo nas conversas, ela respondi com um simples "estou" e segue em diante. Por que não dizer a verdade afinal? Porque para ela ninguém se importava e já estava farta de discursinhos de falsa preocupação. Ninguém entenderia. Diria que ela era uma tola. Mas eu não. 

Não direi que tudo isso desaparecerá em um passe de mágica porque não é verdade. Não se sinta mal por ser do jeito que é. Não deixe as pessoas te colocarem para baixo. A vida é cheia de precipícios e areias movediças. Mas só conseguimos ultrapassa-los se o enfrentamos de frente. Sei que você consegue.



terça-feira, 3 de setembro de 2013

Devidas apresentações




Escrever. Vejamos o que me levou a estar aqui me revelando para completos estranhos. Mas não se ofendam leitores. Vejo tudo isso como se aqui fosse uma livraria em que vocês pararam na frente por acaso ou por uma indicação qualquer. Então entraram e apenas pegaram um livro sem especificação, leram a sinopse e se tiverem gostado o comprarão ao contrário o devolverão a prateleira. Enfim, posso dizer que começarei a dividir com vocês, minhas histórias, desabafos, decepções, loucuras e sonhos. Comecei a escrever como forma de desabafo e escapatória de meus medos. E me senti incrivelmente aliviada como se estivesse passado por uma espécie de terapia. Aquela sensação estranha e indescritível de ganhar algo novo dos pais sem ter sido o seu aniversário ou sem você ter passado meses implorando. Pois é, acho que não sei fazer analogias mas não faz mal. Espero que gostem desta sinopse.